Primeiro queria dizer que esse trabalho foi muito bom para mim, pois foi através dele, que descobri porque tive ou tenho certos comportamentos por causa do TA, descobri coisas sobre mim mesma que nem mesmo quando fazia terapia consegui descobrir ou relacionar com o TA.
O clip original dessa musica conta a historia de garotas que tentam mudar seus corpos por causa da sociedade, da mídia que impõem um padrão de beleza, uma delas acaba desenvolvendo a bulimia. A musica fala sobre alguém que tenta mudar seu corpo para agradar uma pessoa, mas ela acaba concluindo que o problema não esta com ela e sim com o outro.
Para quem quiser ver o clip original vou deixar o link:
http://www.youtube.com/watch?v=iDYSXNIyyPo
Tlc
Unpretty (tradução)
Eu gostaria de poder te colocar no meu lugar
Fazer você se sentir feio também
Eu havia dito que era bonita
Mas o que isso significou pra você?
Olhe para o espelho que está ali dentro
Daquela de cabelo comprido
É a mesma "eu" de novo
Hoje por fora parece bem
Mas por dentro está triste
Toda vez que penso estar na linha
É por sua causa
Eu tentei de diferentes maneiras
Mas é tudo a mesma coisa
E no fim do dia
Eu tenho a mim pra culpar
Eu estou viajando.
Refrão:
Você pode comprar seu cabelo se ele não cresce
Você pode arrumar seu nariz se ele assim disser
Você pode comprar toda a maquiagem
Que a MAC fabricar
Mas se você não consegue olhar para dentro de si
E descobrir quem eu sou para
Estar na posição de me fazer sentir
Estupidamente feia
Eu vou te fazer sentir feio também
Eu nunca fui insegura até te conhecer
Agora eu estou sendo idiota
Eu costumava ser bela pra mim
Só um pouquinho magricela
Por que eu olho pra todas essas coisas?
Pra te manter feliz
Talvez eu me livre de você
E então voltarei para mim
Mas por fora parece bem Mas por dentro estou triste
Toda vez que penso estar em crise
É por sua causa
Eu tentei de diferentes maneiras
Mas é tudo a mesma coisa
E no fim do dia
Eu tenho a mim pra culpar
Eu estou viajando.
Transtornos alimentares (TA) são doenças psiquiátricas caracterizadas por sérias alterações de padrão e comportamento alimentar com critérios diagnósticos definidos pela American Psychiatric Association (APA) em seu Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição – DSM-IV, sendo os quadros mais frequentes a anorexia e bulimia nervosa1.
A anorexia nervosa (AN) é um TA, caracterizado por recusa em se alimentar, ou alimentar-se de modo minimamente adequado, com uma busca insaciável pela magreza, recusa em manter o peso corporal normal, uma distorção da imagem corporal (na percepção do tamanho e forma do corpo) e ainda amenorreia secundária. A bulimia nervosa (BN) é um TA caracterizado por episódios repetidos de compulsão alimentar, seguido por métodos compensatórios inadequados para evitar ganho de peso – como vômitos provocados, abuso de laxantes e diuréticos entre outros medicamentos, dietas, jejuns e atividade física excessiva; e uma preocupação intensa com o peso. Além desses dois quadros diagnósticos, aparecem os transtornos alimentares não especificados (TANE), para os indivíduos que não preenchem o critério para o diagnóstico específico.
Essas doenças são mais prevalentes em mulheres (90% dos casos), afetando de 0,5% a 5,0% das mulheres jovens. A etiologia dos quadros é multifatorial, com a combinação de fatores genéticos, familiares, psicológicos e socioculturais.
O comportamento alimentar restritivo e inadequado destes quadros leva a uma série de distúrbios fisiológicos, e ainda os comportamentos purgativos – presentes na BN e na AN de subtipo purgativo – trazem uma série de consequências clínicas. Essas doenças têm um impacto profundo sobre a vida do paciente, tanto no aspecto físico, psicológico, familiar, como comportamental, sexual e ocupacional.
Alguns trabalhos relatam como os TA podem afetar as funções reprodutivas, comprometendo o ciclo menstrual, a gestação , assim como trazer dificuldades no cuidado da alimentação dos filhos.
O desconhecimento da problemática dos TA durante a gestação pelos clínicos assim como o tratamento mais adequado é relatado em alguns estudos. Abraham et al. apontam a necessidade de estudos mais detalhados sobre os TA na gestação e sugerem que os obstetras incluam em seu prontuário uma história do hábito alimentar e peso de suas pacientes por se conhecer que durante a gestação muitas mulheres tentam controlar seu ganho de peso por meio de métodos inadequados, como abuso de cigarros e vômitos autoinduzidos. É de suma importância diagnosticar um TA durante a gestação, pois essas doenças estão associadas a mudanças metabólicas, endócrinas, psicológicas e nutricionais que geram efeitos negativos tanto para a mulher quanto para o feto, incluindo alta prevalência de abortos, baixo peso ao nascer, complicações obstétricas e depressão pós-parto.
Estado nutricional da gestante
O estado nutricional da gestante é reconhecido como um importante fator para uma gestação saudável e sem complicações. O IMC baixo e um inadequado aporte de nutrientes materno são preditores para uma gravidez de risco, com aumento da incidência de nascimentos pré-termo e crescimento fetal restrito, como também risco de morbimortalidade materna.
Crianças de mães com TA
Existem evidências de uma relação entre certas doenças psiquiátricas nas mães e distúrbios em seus filhos. A alimentação de crianças de mães com TA é descrita como sendo também afetada. A intensa preocupação com o alimento e a forma corporal da anoréxica podem prejudicar a forma como alimenta e cuida do seu filho; nas bulímicas restrição alimentar ou superalimentação das crianças também podem ocorrer.
Lacey e Smith afirmam que muitas mulheres tentam controlar o seu TA com medo de que seus comportamentos alimentares tragam danos a seus filhos. Entretanto, estudos descrevem a transferência de suas preocupações, medos e crenças com a forma e peso corporal para as crianças. Medo de que seus filhos se tornem crianças obesas, restrição a certos tipos de alimentos, restrição de grandes quantidades de alimento dentro de casa, dietas vegetarianas para as crianças e até mesmo a restrição de carboidratos e açúcar já foram descritos.
O estudo de Barbin avaliou diferenças quanto ao ajuste psicológico de filhos de mães com histórico de TA, depressão e sem histórico de doença psiquiátrica. Eles verificaram que os problemas psicológicos estiveram significativamente mais presentes nas mães com depressão, diferente do grupo das mães com histórico de TA e sem histórico que tiveram resultados semelhantes em relação a esses problemas. No entanto, os autores ressaltam que ocorreram com maior freqüência complicações na gestação e no parto, e sintomas clínicos de depressão, no grupo com histórico de TA, o que poderia trazer implicações psicológicas ao filho.
Atividade Física e Transtornos Alimentares
Relacionado ao transtorno alimentar, o excesso de exercícios físicos ocorre em função de uma distorção e insatisfação da própria imagem corporal, ou seja o modo de sentir o peso, o tamanho ou a forma corporal mostra-se exageradamente maior e inaceitável. Assim o exercício aparece como uma estratégia de submeter o corpo às perdas instantâneas, ou em formas inatingíveis pela determinação genética, ou mesmo como uma compulsão em si, levando ao ciclo anoréxico de restrição alimentar e excesso de atividade física. A imagem corporal, o ideal de beleza e os rígidos padrões de beleza socialmente aceitos são fortes fatores no desenvolvimento de transtornos alimentares e compulsão por exercícios físicos.
Fonte de pesquisa:
http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=420
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0047-20852009000100010&script=sci_arttext
Nenhum comentário:
Postar um comentário